O caboclo amazônida, nascido em Vila de Baturité, Macapá-Pará (hoje é Vila de Baturité - Afuá - Pará)em 22/11/1932, fez o curso primário e ginasial incompleto, auto didata, serviço militar na Aeronáutica 1ª ZAER.
Inconformado com as administrações de governo e sabendo da cobiça internacional pela Amazônia, resolveu ver de perto o que se passava realmente.
Inconformado com as administrações de governo e sabendo da cobiça internacional pela Amazônia, resolveu ver de perto o que se passava realmente.
1.954 - Grupo de Geólogos, Eng. de Minas, Topógrafos, passando-se como "Missionários Adventistas" atuavam na região do rio Amazonas, tendo por limite os rios Parú e Jarí. Tratava-se de pesquisa de urânio e outros minérios. Região onde se implantaria o Projeto Jarí, fizemos diversos acompanhamentos até o ano de 1958, comunicando essas atividades ao Gal. Justino Alves Bastos e ao Comandante Darci Caldeira.
1.956 - Levantamento do contrabando de mercadorias do Brasil para as Guianas e das Guianas para o Brasil (Guianas Francesa e Holandesa). Comunicações feitas ao Guarda Mór Catanhede e ao Comandante Darci Caldeira.
1.963 - Denuncia de remessa fraudulenta de dolares do Brasil para a França, utilizando sob coação o nome de operários brasileiros, que faziam remessa (até o limite de US$1,200 cada) para operários franceses do mesmo grupo.
1.967 - Verificação na região de Altamira e São Félix do Xingú, sob contrabando de peles e pesca predatória de tartarugas.
1.971/1.973 - Levantamento das empresas de Carnês que usavam a premiação de veículos de forma enganosa, com sorteios divulgados muito além do real. Esses grupos praticavam diversas fraudes contra o poupador popular, normalmente de baixa escolaridade portanto, fáceis de serem enganados pela publicidade sofisticada. 5 (cinco) empresas foram fechadas, apenas uma resistiu e continua até a data de hoje mas, era fraude também. Localizamos uma Financeira na rua Xavier de Toledo, em São Paulo, que "financiava" bens duráveis e casas que nunca eram entregues. Fomos à Polícia Federal (na mesma rua) e acompanhados de 4 agentes que deram o flagrante e levaram o dono da "Financeira" para os devidos procedimentos.1.967 - Verificação na região de Altamira e São Félix do Xingú, sob contrabando de peles e pesca predatória de tartarugas.
1.975 - Ida a região de Miritituba, Itaituba, Rurópolis Presidente Médice e Santarém. Negociatas de madeiras, extração danosa de óleo de pau rosa e primeiros contatos com garimpos.
1.977/1.979 - Coordenação do Projeto de preservação de tartarugas nos municípios de Porto de Moz, Senador José Porfírio, São Félix do Xingú e Altamira, ligado a base física do IBDF/Altamira. Resultados conseguidos: 77/78 - Preservação aproximada de 30.000 tartarugas, 78/79 - Preservação de aproximadamente 80.000. Fazendo esse trabalho, encontramos diversas pequenas embarcações fazendo contrabando de peles. Notificamos o Superintendente da Polícia Federal em Belém do Pará, do grosso contrabando de peles, sendo que nos meses de maio e junho de 1.979, só um contrabandista contrabandeou cerca de 100.000 peles de jacaré (obtidas no alto, médio e baixo Amazonas). A Polícia Federal tomou as devidas providências.
1.979 - Em julho, nossa ida a Rondônia para tentar formar uma Cooperativa de fato, de trabalhadores garimpeiros (Ilha do Machado-RO). Agrupamos cerca de 350 sócios com trabalhos bem sucedidos. Esse trabalho era sazonal, no início do inverno ia para Roraima, onde atuamos com trabalhos de ouro e diamante nos rios Quinô e Cotingo (próximos à maloca Macuxi de Pedra Preta).
1.980/1.981 - Primeiro contato com o garimpo de Serra Pelada. Retornamos a Rondônia e em seguida a Roraima, onde executavamos nosso trabalho.
1.982 - Fomos a Serra Pelada e lá permanecemos. Chegamos a "tocar" 18 barrancos/catas. O trabalho na área era administrado pelo grupo da Coordenação que englobava o SNI, DNPM e outros. O trabalho dos homens na cava do garimpo era quase escravo, aviltante, lembrava fatos do antigo Egito nas construções das pirâmides. Estudamos novas modalidades como defesa em relação ao mercúrio, melhoria de alimentação balanceada, máscaras de proteção contra pó, retortas para evitar inalação de mercúrio, com reaproveitamento do mesmo, etc. Trocamos idéias com geólogos e engenheiros de minas, para uma tentativa de melhoria daquele trabalho. Esses trabalhos continuados nos deram uma razoável aliança no meio garimpeiro, a qual proporcionou-me a oportunidade de disputar a Presidencia da COOGAR.
1.988 - Em 30/07/1.988 (na época ainda sob intervençao federal) concorremos à Presidencia da COOGAR. Concorreram 3 chapas (1, 2 e 3) e a chapa 2 foi vitoriosa por ampla margem que era a chapa do Jucá e mais 11 companheiros. Nossas idéias eram combatidas pela "máfia" de Serra Pelada, que atuava sob a orientação da CVRD e seus lugares tenente, capitaneados pelo Major Curió.
1.989 - No decorrer deste ano, assim como no anterior, os frequentes acidentes como quedas de barreiras e quebra de dragas, causavam muitas suspeitas aos garimpeiros, coincidentemente toda vez que acontecia um "bamburro", não demorava 1 hora e lá estava a sobrevoar a cava, o avião ou helicóptero da CVRD. Em seguida começavam as nossas dragas a quebrar. A desconfiança do garimpeiro criou um jargão "no bamburro acontece em seguida água na cava e segurança nos homens". Nossas entrevistas com geólogos, engenheiros de minas, contabilistas, administradores de empresas e advogados, profissionais com experiência em Cooperativismo, nos levaram a fazer uma nova programação administrativa cuja necessidade nos levava a confecção de um novo Estatuto onde desse à nossa Cooperativa a possibilidade de contratar empresa de mineração ou até mesmo de formar uma, baseando-se na prioridade dada aos garimpeiros através da Cooperativa, nas áreas em que estávamos atuando em 15/12/1.988, após edital de convocação de AGE, foi aprovado in totum o Estatuto sugerido. A partir de então, as ameaças recrudesceram. Quando publicamos o edital da AGE para autorizar a formatação de novo tipo de trabalho, foi o mesmo que dar a senha para a sanha da máfia tresloucada, comandada por Curió e, tudo está a indicar, sob a égide da CVRD. Nossa Diretoria, sob armas de grosso calibre à cabeça, foi obrigada a assinar uma carta de renúncia coletiva, elaborada sob pressão criminosa sobre nosso advogado, Dr. Pedro Mora de Siqueira. Escaparam 2 Diretores de assinar a referida carta: Ydeiuki Yamagushi (que evadiu-se pelas matas) e o Presidente Jucá, que foi sequestrado para queima de arquivo. Já no cativeiro, à noite, chovendo torrencialmente, Jucá consegue escapar, entra no igarapé que desagua no Tocantins, sendo perseguido e não localizado na escuridão pelos seus perseguidores.
Depois continuo...
1.977/1.979 - Coordenação do Projeto de preservação de tartarugas nos municípios de Porto de Moz, Senador José Porfírio, São Félix do Xingú e Altamira, ligado a base física do IBDF/Altamira. Resultados conseguidos: 77/78 - Preservação aproximada de 30.000 tartarugas, 78/79 - Preservação de aproximadamente 80.000. Fazendo esse trabalho, encontramos diversas pequenas embarcações fazendo contrabando de peles. Notificamos o Superintendente da Polícia Federal em Belém do Pará, do grosso contrabando de peles, sendo que nos meses de maio e junho de 1.979, só um contrabandista contrabandeou cerca de 100.000 peles de jacaré (obtidas no alto, médio e baixo Amazonas). A Polícia Federal tomou as devidas providências.
1.979 - Em julho, nossa ida a Rondônia para tentar formar uma Cooperativa de fato, de trabalhadores garimpeiros (Ilha do Machado-RO). Agrupamos cerca de 350 sócios com trabalhos bem sucedidos. Esse trabalho era sazonal, no início do inverno ia para Roraima, onde atuamos com trabalhos de ouro e diamante nos rios Quinô e Cotingo (próximos à maloca Macuxi de Pedra Preta).
1.980/1.981 - Primeiro contato com o garimpo de Serra Pelada. Retornamos a Rondônia e em seguida a Roraima, onde executavamos nosso trabalho.
1.982 - Fomos a Serra Pelada e lá permanecemos. Chegamos a "tocar" 18 barrancos/catas. O trabalho na área era administrado pelo grupo da Coordenação que englobava o SNI, DNPM e outros. O trabalho dos homens na cava do garimpo era quase escravo, aviltante, lembrava fatos do antigo Egito nas construções das pirâmides. Estudamos novas modalidades como defesa em relação ao mercúrio, melhoria de alimentação balanceada, máscaras de proteção contra pó, retortas para evitar inalação de mercúrio, com reaproveitamento do mesmo, etc. Trocamos idéias com geólogos e engenheiros de minas, para uma tentativa de melhoria daquele trabalho. Esses trabalhos continuados nos deram uma razoável aliança no meio garimpeiro, a qual proporcionou-me a oportunidade de disputar a Presidencia da COOGAR.
1.988 - Em 30/07/1.988 (na época ainda sob intervençao federal) concorremos à Presidencia da COOGAR. Concorreram 3 chapas (1, 2 e 3) e a chapa 2 foi vitoriosa por ampla margem que era a chapa do Jucá e mais 11 companheiros. Nossas idéias eram combatidas pela "máfia" de Serra Pelada, que atuava sob a orientação da CVRD e seus lugares tenente, capitaneados pelo Major Curió.
1.989 - No decorrer deste ano, assim como no anterior, os frequentes acidentes como quedas de barreiras e quebra de dragas, causavam muitas suspeitas aos garimpeiros, coincidentemente toda vez que acontecia um "bamburro", não demorava 1 hora e lá estava a sobrevoar a cava, o avião ou helicóptero da CVRD. Em seguida começavam as nossas dragas a quebrar. A desconfiança do garimpeiro criou um jargão "no bamburro acontece em seguida água na cava e segurança nos homens". Nossas entrevistas com geólogos, engenheiros de minas, contabilistas, administradores de empresas e advogados, profissionais com experiência em Cooperativismo, nos levaram a fazer uma nova programação administrativa cuja necessidade nos levava a confecção de um novo Estatuto onde desse à nossa Cooperativa a possibilidade de contratar empresa de mineração ou até mesmo de formar uma, baseando-se na prioridade dada aos garimpeiros através da Cooperativa, nas áreas em que estávamos atuando em 15/12/1.988, após edital de convocação de AGE, foi aprovado in totum o Estatuto sugerido. A partir de então, as ameaças recrudesceram. Quando publicamos o edital da AGE para autorizar a formatação de novo tipo de trabalho, foi o mesmo que dar a senha para a sanha da máfia tresloucada, comandada por Curió e, tudo está a indicar, sob a égide da CVRD. Nossa Diretoria, sob armas de grosso calibre à cabeça, foi obrigada a assinar uma carta de renúncia coletiva, elaborada sob pressão criminosa sobre nosso advogado, Dr. Pedro Mora de Siqueira. Escaparam 2 Diretores de assinar a referida carta: Ydeiuki Yamagushi (que evadiu-se pelas matas) e o Presidente Jucá, que foi sequestrado para queima de arquivo. Já no cativeiro, à noite, chovendo torrencialmente, Jucá consegue escapar, entra no igarapé que desagua no Tocantins, sendo perseguido e não localizado na escuridão pelos seus perseguidores.
Depois continuo...